domingo, 10 de novembro de 2013

Vanilla parvifolia Barb. Rodr.

Vanilla parvifolia foi catalogada por João Barbosa Rodrigues botânico brasileiro em 1881. É uma espécie de orquídea de hábito escandente e crescimento reptante que existe do Paraguai à Serra do Mar na região do sul do Brasil. São plantas clorofiladas  de raízes aéreas; sementes crustosas, sem asas; e inflorescência de flores pálidas que nascem em sucessão, de racemos laterais.

© por Friedrich Reinhardt-Verlag, Basel, Suíça


Esta espécie pode ser reconhecida entre as Vanilla por apresentar caules comparativamente delgados, labelo claramente trilobado mais ou menos redondo, com lobo central acuminado e disco com nove lamelas estreitas, a central destacada; folhas levemente membranáceas e reticuladas, ovaladas; e flores normalmente solitárias nas axilas das folhas, ocasionalmente terminais, comparativamente menores que as de algumas espécies, porém bem abertas e de segmentos largos; ovário mais ou menos roliço; e por seu hábito terrestre porém subindo nas árvores apoiada por suas raízes aéreas.










segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Scaphyglottis - "Língua concava"

Scaphyglottis é um gênero botânico pertencente à familia das orquídeas (Orchidaceae). Este gênero, que compreende pouco menos de setenta espécie, é o resultado da fusão de diversos gêneros descritos em épocas diversas. Caracterizam-se pelo hábito de seus pseudobulbos crescerem acrescentando novos pseudobulbos sobre o ápice dos antigos, e eventualmente também em sua base, e pelas flores cuja coluna apresenta prolongamento podiforme, ou seja, em formato de pé. Muitas das espécies são extremamente parecidas e difíceis de distinguir, sendo algumas poucas claramente distintas. Somente algumas possuem cores vistosas.





  • Distribuição geográfica:

Este gênero compreende pouco menos de setenta espécies  distribuídas por ampla área que vai do sul do México até o sul da Bolívia e por todo o Brasil excetuada a região sul, desde o nível do mar até grandes altitudes nos Andes. Existem ainda em diversas ilhas do Caribe, sendo ali, usualmente, espécies endêmicas. Considera-se o sul da América Central, onde a maioria das espécies ocorre, o seu centro de dispersão.
São plantas epífitas, ocasionalmente rupícolas, que costumam formar grandes conjuntos desorganizados, mais ou menos ascendentes ou também pendurados dos ramos das árvores. Habitam tanto as florestas quentes e úmidas de baixa altitude do litoral e da Amazônia e, com menos frequência, florestas secas dos planaltos. Poucas espécies são ocasionalmente encontradas em florestas de altitude cheias de neblina matinal nos Andes e Costa Rica, geralmente em locais mais abertos e iluminados ou no alto das árvores.


  •  Morfologia:

O tamanho das plantas varia bastante. Existem espécies muito delicadas ou bastante robustas, que pouco passam de alguns centímetros ou capazes de chegar a quase um metro de altura. Entretanto, todas apresentam pseudobulbos alongados e estreitos, protegidos na base por inúmeras Baínhas efêmeras, que permanecem por algum tempo depois de secas, sobrepostos em cadeias, nascendo uns dos ápices dos outros, ocasionalmente de suas bases, comportando até três folhas apicais. As folhas costumam ser pouco carnosas, estreitas e longas, algumas espécies apresentam folhas bastante carnosas inflorescência brota das extremidades dos pseudobulbos e, diferente da maioria das orquídeas que geralmente que só florescem uma vez por pseudobulbo, em Scaphyglottis brota novamente por diversos anos seguidos nos pseudobulbos mais antigos. Por outro lado, como os novos pseudobulbos também brotam do mesmo local nas extremidades dos antigos, formando uma série de pseudobulbos encadeados uns sobre os outros, acabando por assumir a aparência de um único caule, a impressão que se tem ao observar as flores é a de que estejam ao longo dos nós desse caule, e não nos topos dos pseudobulbos individuais. As inflorescências podem ser racemosas ou paniculadas, com uma, poucas ou muitas flores aglomeradas ou espaçadas, simultâneas ou em sucessão, de cores discretas, raramente vistosas.

As flores são pequenas, geralmente brancas, creme, verdes, róseas, mas sempre pálidas e discretas, com exceção anotada para as flores do anterior gênero Hexisea, em sua maioria vermelhas; as pétalas e sépalas apresentam comprimentos aproximados porém as pétalas costumam ser mais largas que as sépalas, e o labelo usualmente é o maior dos segmentos florais, em regra de extremidade reflexa, preso ao pé proeminente da coluna e apresentando mento, frequentemente articulado, algumas vezes soldado a ela. A antera é terminal e contém quatro ou seis polínias.




Distinguem-se do grupo de gêneros mais proximamente relacionados, do qual Jacquiniella é o mais conhecido representante, pois estes últimos apresentam pseudobulbos caulíneos recobertos de folhas alternadas espaçadas, e flores cujas colunas são ápodas, ou seja não apresentam prolongamento na base, onde fixa-se o labelo.



A maioria das Scaphyglottis é polinizada por insetos de língua curta, uma vez que quase todas as espécies produzem néctar, que acaba por se acumular no mento formado pela base do labelo e pé da coluna. As espécies provenientes do gênero Hexisea são possivelmente polinizadas também por beija-flores que, sabidamente, visitam principalmente plantas de flores vermelhas.

  • Histórico:

O gênero Scaphyglottis foi proposto por Eduard Friedrich Poeppig e Stephan Ladislaus Endlicher, em 1835. Em 1960 Robert Louis Dressler designou como espécie-tipo deste gênero a Fernandezia graminifolia Ruiz & Pavón, que então passou a denominar-se Scaphyglottis graminifolia.O nome do gênero vem do grego skaphe, côncavo ou oco, e glotta, língua, em referência ao formato do labelo de suas flores.

Scaphyglottis


  • Taxonomia:

A presente definição de Scaphyglottis esteve incerta por muito tempo.Há um grupo grande de espécies claramente pertencentes a este gênero, além de algumas outras provenientes da extinção de três outros pequenos gêneros, a saber, TetragamestusLeaoa e Hexadesmia, que lhe foram subordinados décadas atrás. Cada um deles com algumas particularidades morfológicas. Em 1993, foi publicado um trabalho com a revisão deScaphyglottis, o qual não inclui os gêneros submetidos a ele após esta data, mas que é útil para esclarecer muitas das espécies similares que compõem este gênero. Mesmo as espécies já pertencentes a Scaphyglottis antes desta unificação de gêneros, também são algo confusas e variáveis, algumas dispersas por grandes áreas, constituindo-se mais em complexos de espécies que espécies claramente reconhecíveis, com muitas intermediárias e apresentando pequenas variações endêmicas que foram descritas como espécies à parte. Seguindo as leis da parcimônia, em regra estas espécies variáveis estão agora classificadas sob um único nome, pois do contrário sua definição e identificação se tornariam muito complicadas. De fato constituem-se em complexos de espécies crípticas.

Foto tirada em Pacatuba, Ceará - Brasil

  •  Filogenia:

Segundo a filogenia de Laeliinae publicada no ano 2000 em Lindleyana por Cássio van den Berg et al., Scaphyglottis, junto com os citados gêneros a ela agora subordinados, forma um pequeno clado inserido em clado maior que também inclui os gêneros Jacquiniella e Acrorchis, e este grande clado por sua vez inserido entre os de Epidendrum e de Meiracyllium, considerado este último pertencente ao mesmo clado cujo gênero mais conhecido é Encyclia.
Em 2004, DresslerWilliam Mark Whitten e Norris H. Williams. publicaram um artigo sobre a filogenia de Scaphyglottis, onde mostram que as espécies de ReichenbachanthusPlatyglottis, e Hexisea encontram-se inseridas entre diversas espécies de Scaphyglottis nos clados. Para conservar a monofilia de Scaphyglottis, diversas alterações de nomenclatura, com a criação de mais gêneros parecidos, seriam necessárias, portanto sugerindo a unificação de todos estes gêneros em Scaphyglottis.


Na realidade, a definição da maioria dos gêneros aliados a Scaphyglottis sempre foi confusa. Seus limites nunca foram bem estabelecidos e as espécies ora eram atribuídas a um gênero, ora a outro. Como a variação genética entre as espécies desses gêneros é pequena, dificultando o esclarecimento exato dos relacionamentos entre eles, e também pela confusão entre o limite na definição morfológica desses gêneros, foi consensual entre a comunidade científica sua unificação.


  • Cultivo:

É importante informar-se sobre o local onde cada espécie habita na natureza, pois como há espécies de clima quente e úmido, de clima moderadamente seco, e de clima mais fresco e úmido. As condições de cultivo devem ser adequadas ao local ao qual cada espécie acostumou-se.
A grande maioria das espécies provém de clima quente e úmido e não apresentam dificuldades de cultivo na maior parte do Brasil. As Scaphyglottis de clima quente podem ser cultivadas da mesma maneira que são cultivadas a quase todas as espécies brasileiras, sem tratamento especial em um orquidário misto.
Podem ser plantadas em vasos com substrato bem drenado à base de cascas moídas, cortiça, cacos de carvão e perlita misturados, ou apenas em composto de fibras vegetais de boa qualidade. Podem-se também plantar em placas de fibra ou, quando de climas secos, em pedaços de cascas de árvores e neste caso com regas mais frequentes pois as cascas de árvore secam muito rapidamente.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Oncidium

Oncidium é um gênero de orquídeas largamente distribuídas do México ao sul da América do Sul. Chuva-de-ouro é um dos nomes popularmente utilizados no Brasil para designar um grande grupo de espécies de orquídeas, outrora pertencentes ao gênero e diversos outros gêneros de flores semelhantes. A principal característica deste gênero é a presença de um calo situado na base do labelo da flor.


As flores dos Oncidium, no entanto, podem ser amarelas, marrons, verdes, alaranjadas, brancas, róseas e não raramente tigradas. Outra característica presente em grande parte das espécies é que as pétalas e sépalas são bastante pequenas em relação ao labelo. Na maioria epífitas, seus pseudobulbos em grande parte das espécies são ovalados e achatados. Muito utilizados como flor-de-corte.


A família das orquídeas é muito extensa e dividida em mais de mil gêneros. Desde a criação do gênero Oncidium, por Swart. em 1800, o conceito do que seria um Oncidium mudou inúmeras vezes. Conforme os anos passaram e mais se estudaram as orquídeas, o gênero expandiu-se ou diminuiu em diversas ocasiões, sendo mais ou menos espécies atribuídas a ele. Gêneros bem conhecidos e estabelecidos no presente já foram considerados Oncidium no passado, por exemplo as Miltonia eram inicalmente consideradas por Reichebach espécies de Oncidium.


O gênero Oncidium por ser grande e muito variável, era a escolha perfeita para botânicos incluírem espécies recém descobertas sobre as quais não estavam muito seguros da classificação. Assim foi com diversos outros grandes e antigos gêneros de orquídeas, sendo outros exemplos de gêneros bem conhecidos,grandes e mal definido ,Maxillaria, Plerouthallis, Masdellia, Bulbophyllon e Dendrobium. Todos estes inflaram até conterem mais de mil espécies, alguns mais de duas mil, subdivididos em dezenas de subgêneros e alliances (nome escolhido por autores que informalmente agrupam espécies em conjuntos sem que descrevam esses grupos segundos as normas botânicas de publicação) muitas vezes também mal definidos.

Inicialmente os botânicos trabalhavam apenas com a observação das plantas e flores, tentando separar grandes conjuntos de plantas da mesma família, e agrupar em conjuntos menores, plantas com características semelhantes. Ao longo dos anos mudou a importância atribuída a cada uma das caraterísticas das plantas entre os critérios de classificação. Passaram a observar os detalhes das estruturas reprodutivas, então as características do pólen, a quantidade de cromossomos, de modo a, progressivamente, conhecer melhor as plantas e também ter ferramentas mais úteis para separá-las. A partir da década de 1960, passaram e examinar a bioquímica das plantas e suas proteínas. Naturalmente todas estas camadas de conhecimento sucessivamente adicionadas a este grupo de plantas foi responsável por incontáveis alterações na classificação de suas espécies. A grande variabilidade das espécies de Oncidium permitiu que 1378 espécies fossem classificadas neste gênero em algum momento da história.

Desde meados dos anos 1990, os bioquímicos passaram a estudar mais os genes das orquídeas tentando agrupá-las conforme apresentassem pequenas diferenças genéticas, diferenças que progressivamente aumentaram conforme sofreram mutações em seu processo evolutivo (apesar da teoria ser conhecida desde a década de 1960, somente após 1990, com o barateamento e difusão do processo passaram a realizar análises em grande escala). À classificação baseada neste sistema dá-se o nome de Filogenia.
Desde o começo da década de 2000, os ffilogenistas têm-se debruçado sobre os Oncidium. O resultado vem expresso em diversas publicações, desde 2001, nas quais são apresentadas profundas mudanças sobre os limites deste gênero. Há consenso na comunidade científica de que todas estas plantas devem ser separadas de Oncidium e classificadas em outros gêneros, porém ainda não há consenso quanto a maneira de dividir os novos gêneros. Há duas propostas em debate, uma apresentada pelo grupo da Universidade da Florida que liderou as pesquisas, proposta aceita pelo Royal botanic garden. Em oposição à esta, há propostas dos taxonomistas, universidades e jardins botânicos de alguns países de onde estas plantas provém (por exemplo jardins botânicos de São Paulo e Rio ) e também da Europa, que preferem separar os gêneros em grupos menores e com mais afinidade morfológica e não somente conforme as características genéticas das plantas, impossíveis serem percebidas facilmente, ou seja, dividir em grupos maiores como pretendem os filogenistas agruparia plantas de morfologia muito diversas em um mesmo gênero tornando difícil a classificação e delimitação de um gênero.



Independentemente do nome que seja preferido por qualquer dos dois grupos, sabe-se hoje que menos da metade das espécies de Oncidium aceitas ali permanecem classificadas, tendo-se que optar por uma ou outra das propostas apresentadas para todas as espécies restantes. No Brasil, segundo a classificação anterior, havia mais de 100 espécies de Oncidium. Hoje menos de uma dezena de espécies brasileiras ainda pode ser classificada neste gênero, que ficou restrito quase que apenas a espécies andinas, do norte da Amazônia e da América Central.
Segundo a proposta do grupo de pesquisadores da Flórida, as espécies do Brasil seriam em grande parte classificadas nos gêneros PsychopsisGomesaTrichocentrum e Grandiphyllum. Os Jardins Botânicos de São Paulo e Rio dividem estes três gêneros em mais de uma dezena.

domingo, 27 de outubro de 2013

Cattleya Kerrii - O que é que a Bahia tem?

Cattleya kerrii

Orquídea encontrada no sudeste da Bahia, descrita por Brieger e Bicalho em 1967, na região litorânea em florestas claras e úmidas, nas quais o solo é predominantemente arenoso e, em alguns locais, alagado. Consequentemente o clima é quente e úmido durante o ano todo
Habitat onde a Cattleya Kerrii vegeta no sudeste da Bahia.


A floresta local é formada principalmente por árvores finas e altas (talvez devido à pobreza do solo e estimulada pela competição por luz), o que permite boa luminosidade no interior da mata. As Cattleya Kerrii vegetam nestas árvores mais finas, em geral no meio dos troncos.
Cattleya kerrii nos troncos das árvores mais finas.



Planta epífita de pseudobulbos longos, podendo variar de 6 a 20 centímetros. É monofoliar, porém não raro as plantas podem apresentar algum pseudobulbo bifoliado .Na Cattleya kerrii a haste floral é emitida na extremidade distal do pseudobulbo, junto à folha, e apresenta de uma a três flores por haste floral. As flores apresentam-se na cor rosa-claro até tons mais escuros. O labelo, por não apresentar afins com outras espécies, ajuda a identificar a Cattleya kerrii. Ele dobra-se para trás, formando duas pequenas saliências, uma de cada lado. As cores do labelo são muito variadas mas normalmente apresentam-se em cor amarelo-claro, com raias vermelhas. 



Na C. kerrii Brieger & Bicalho a haste floral é emitida na extremidade distal do pseudo bulbo junto à folha, e apresenta uma a três flores pôr haste floral. As flores apresentam-se da cor rosa claro até tons mais escuros. O  labelo não apresenta afins  com  outras espécies ajudando na identificar  a Cattleya kerrii Brieger & Bicalho, ele se dobra  para  trás formando duas pequenas saliências, uma de cada lado. As cores  do  labelo  são muito variadas mas normalmente apresenta-se na cor amarelo claro com raias vermelhas.

Foto da Cattleya kerrii em seu habitat.


sábado, 26 de outubro de 2013

Laelia purpurata - "A princesa do sul"

Cattleya Purpurata, porpulamente conhecida como Laelia Purpurata, é uma orquídea endêmica do sul e sudeste do Brasil, típica de Mata Atlântica. É a flor símbolo do Estado de Santa Catarina. Sabe-se que em torno de 1846, o francês François  Devos, coletou alguns espécimes da ilha de Santa Catarina ( hoje Florianópolis ). Espalhando-se rapidamente por coleções na Europa.
Laelia Purpurata
As purpuratas apreciam uma umidade relativa do ar elevada, sendo entre as Laelias, uma das mais exigentes neste quesito. Outro fator importante no cultivo diz respeito às estações. A inexistência de frio, como acontece nos estados do Norte e Nordeste, comprometem muito as floradas. As plantas podem até vegetar bem, mas as floradas, quando ocorrem, apresentam poucas flores e de tamanho reduzido.

Toleram grande variação de temperatura em seus habitats, mas o ideal é cultivá-las em locais onde a temperatura varia de 15 a 32 graus centígrados, com intensa luminosidade, sem sol direto, como no cultivo das Cattleyas em geral.

Laelia Purpurata no Habitat, orquídea de hábito epífita

A planta tem em torno de 20 a 40 cm de altura, folhas grandes e pseudobulbo desenvolvido. É do tipo simpodial, com rizomas  que "caminham". As flores são grandes 6,5 x 6,5 cm até 13 x 13 cm, pétalas delicadas em branco com variações de rosa  e o labelo com mácula cor púrpura.




Seu cultivo pode ser em ripado com cobertura de sombrite com sombreamento de 40%. As regas devem ser regulares o ano todo diminuindo no inverno. O substrato pode ser o mesmo para qualquer espécie epífita, casca de coco, casca de pinus, substratos de drenagem rápida. Elas gostam de vasos bem rasos. Evitar transplantes e cortes de mudas. Gostam de clima mais frio.

Observa-se o crescimento simpodial da planta.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cattleya Labiata | Rainha do Nordeste Brasileiro

Cattleya Labiata, é sem dúvidas a espécie mais importante para a orquidofilia mundial. Desde que foi catalogada por John Lindley em 1821, causou sensação na Europa e estimulou a busca por mais espécies exóticas nos trópicos. Conhecida tanto pela beleza de suas flores, bem como por seu perfume singular.


Espécie endêmica do Brasil que ocorre nos brejos nordestinos na caatinga e na Mata Atlântica  nordestina (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe) e na região sudeste (Espírito Santo e Rio de Janeiro), embora não haja unanimidade quanto esta ocorrência da espécie no sudeste, pois segundo MENEZES, 2002 as plantas na verdade seriam Cattleya warneri T. Moore. Planta epífita monofoliar com formato oblongo-elíptica. 




A flor é comumente róseo-lilás ou róseo-avermelhada, mas encontramos também as variedades amesiana, amoena, atro-purpurea, caerulea, caerulescens, concolor, purpúreo-lineata, semi-alba, alba, rubra, purpúreo-striata, rosada, venosa, labelloide e pelórica. São variações de pétalas e sépalas bem como de labelo.


Cattleya Labiata florescendo sobre um Ipê-Amarelo

O cultivo dessa espécie necessita luminosidade em torno de 50% e o substrato mais comumente utilizado é a casca de Pinus. Mas também pode ser cultivada  em tronco de sábia (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), argila expandida, casca de coco. O importante é ter boa drenagem.


Infelizmente esta presente na lista das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção de 2008 do Ministério do Meio Ambiente. Sofre principalmente com a coleta e degradação do seu habitat.