domingo, 27 de outubro de 2013

Cattleya Kerrii - O que é que a Bahia tem?

Cattleya kerrii

Orquídea encontrada no sudeste da Bahia, descrita por Brieger e Bicalho em 1967, na região litorânea em florestas claras e úmidas, nas quais o solo é predominantemente arenoso e, em alguns locais, alagado. Consequentemente o clima é quente e úmido durante o ano todo
Habitat onde a Cattleya Kerrii vegeta no sudeste da Bahia.


A floresta local é formada principalmente por árvores finas e altas (talvez devido à pobreza do solo e estimulada pela competição por luz), o que permite boa luminosidade no interior da mata. As Cattleya Kerrii vegetam nestas árvores mais finas, em geral no meio dos troncos.
Cattleya kerrii nos troncos das árvores mais finas.



Planta epífita de pseudobulbos longos, podendo variar de 6 a 20 centímetros. É monofoliar, porém não raro as plantas podem apresentar algum pseudobulbo bifoliado .Na Cattleya kerrii a haste floral é emitida na extremidade distal do pseudobulbo, junto à folha, e apresenta de uma a três flores por haste floral. As flores apresentam-se na cor rosa-claro até tons mais escuros. O labelo, por não apresentar afins com outras espécies, ajuda a identificar a Cattleya kerrii. Ele dobra-se para trás, formando duas pequenas saliências, uma de cada lado. As cores do labelo são muito variadas mas normalmente apresentam-se em cor amarelo-claro, com raias vermelhas. 



Na C. kerrii Brieger & Bicalho a haste floral é emitida na extremidade distal do pseudo bulbo junto à folha, e apresenta uma a três flores pôr haste floral. As flores apresentam-se da cor rosa claro até tons mais escuros. O  labelo não apresenta afins  com  outras espécies ajudando na identificar  a Cattleya kerrii Brieger & Bicalho, ele se dobra  para  trás formando duas pequenas saliências, uma de cada lado. As cores  do  labelo  são muito variadas mas normalmente apresenta-se na cor amarelo claro com raias vermelhas.

Foto da Cattleya kerrii em seu habitat.


sábado, 26 de outubro de 2013

Laelia purpurata - "A princesa do sul"

Cattleya Purpurata, porpulamente conhecida como Laelia Purpurata, é uma orquídea endêmica do sul e sudeste do Brasil, típica de Mata Atlântica. É a flor símbolo do Estado de Santa Catarina. Sabe-se que em torno de 1846, o francês François  Devos, coletou alguns espécimes da ilha de Santa Catarina ( hoje Florianópolis ). Espalhando-se rapidamente por coleções na Europa.
Laelia Purpurata
As purpuratas apreciam uma umidade relativa do ar elevada, sendo entre as Laelias, uma das mais exigentes neste quesito. Outro fator importante no cultivo diz respeito às estações. A inexistência de frio, como acontece nos estados do Norte e Nordeste, comprometem muito as floradas. As plantas podem até vegetar bem, mas as floradas, quando ocorrem, apresentam poucas flores e de tamanho reduzido.

Toleram grande variação de temperatura em seus habitats, mas o ideal é cultivá-las em locais onde a temperatura varia de 15 a 32 graus centígrados, com intensa luminosidade, sem sol direto, como no cultivo das Cattleyas em geral.

Laelia Purpurata no Habitat, orquídea de hábito epífita

A planta tem em torno de 20 a 40 cm de altura, folhas grandes e pseudobulbo desenvolvido. É do tipo simpodial, com rizomas  que "caminham". As flores são grandes 6,5 x 6,5 cm até 13 x 13 cm, pétalas delicadas em branco com variações de rosa  e o labelo com mácula cor púrpura.




Seu cultivo pode ser em ripado com cobertura de sombrite com sombreamento de 40%. As regas devem ser regulares o ano todo diminuindo no inverno. O substrato pode ser o mesmo para qualquer espécie epífita, casca de coco, casca de pinus, substratos de drenagem rápida. Elas gostam de vasos bem rasos. Evitar transplantes e cortes de mudas. Gostam de clima mais frio.

Observa-se o crescimento simpodial da planta.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cattleya Labiata | Rainha do Nordeste Brasileiro

Cattleya Labiata, é sem dúvidas a espécie mais importante para a orquidofilia mundial. Desde que foi catalogada por John Lindley em 1821, causou sensação na Europa e estimulou a busca por mais espécies exóticas nos trópicos. Conhecida tanto pela beleza de suas flores, bem como por seu perfume singular.


Espécie endêmica do Brasil que ocorre nos brejos nordestinos na caatinga e na Mata Atlântica  nordestina (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe) e na região sudeste (Espírito Santo e Rio de Janeiro), embora não haja unanimidade quanto esta ocorrência da espécie no sudeste, pois segundo MENEZES, 2002 as plantas na verdade seriam Cattleya warneri T. Moore. Planta epífita monofoliar com formato oblongo-elíptica. 




A flor é comumente róseo-lilás ou róseo-avermelhada, mas encontramos também as variedades amesiana, amoena, atro-purpurea, caerulea, caerulescens, concolor, purpúreo-lineata, semi-alba, alba, rubra, purpúreo-striata, rosada, venosa, labelloide e pelórica. São variações de pétalas e sépalas bem como de labelo.


Cattleya Labiata florescendo sobre um Ipê-Amarelo

O cultivo dessa espécie necessita luminosidade em torno de 50% e o substrato mais comumente utilizado é a casca de Pinus. Mas também pode ser cultivada  em tronco de sábia (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), argila expandida, casca de coco. O importante é ter boa drenagem.


Infelizmente esta presente na lista das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção de 2008 do Ministério do Meio Ambiente. Sofre principalmente com a coleta e degradação do seu habitat.